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sábado, 13 de julho de 2013

O Delírio do Forró

Hoje uma menina passou na rua. Esta menina não era a mais bela, não era a mais graciosa, não era a mais inteligente, não era a mais simpática e não era a mais apaixonante. Era apenas uma menina que passou na rua. Ela não vestia roupas extravagantes, ela não cantarolava, ela não andava graciosamente e não tinha os olhares dos homens tarados. Ainda era apenas uma menina que passou na rua.

Eu estava parado quando esta menina se aproximou, se apresentou (agora, com graciosidade), estendeu-me a mão e me chamou para uma dança. Não tocava música, ninguém estava dançando. A menina era louca? Não sei, mas me aproximei para dançarmos.

E juntos dançamos. Dançamos forró. Giramos, nos abraçamos e rimos. Depois, ela se afastou, perguntou-me a hora e num instante, desapareceu.

Não a procuro, talvez porque não queira ser encontrada.
Não a procuro, talvez porque ela seja realmente apenas uma menina que passou na rua.

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