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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Tudo o que ele contou...


Ele já perdeu uma amiga. Ele já perdeu uma avó.
Ele tem uma irmãzinha doente que é o seu xodó.

Ele fez cinema, teatro, fotografia. Já beijou garotas na chuva.
Seu suco favorito também não é o de uva.

Ele já segurou mãos que tremem. Ele já amou em telhados.
Ele já trabalhou como assistente de administração pra um advogado.

Ele já foi mais velho. Ele já causou diversos problemas.
Ele tem seus rolos, namoros e esquemas.

Ele já viu de tudo. Tem as maiores e impressionantes histórias pra contar.
Não há maldade em sua cabeça, no seu pulmão falta um pouco de ar.

Ele não gosta de macarrão. Ele não gosta de molho.
Ele é nervoso, intelectual e guarda mágoas.
Ele já esteve num internato, já precisou de óculos no olho.
Ele odeia todas as músicas que falam do Planeta e suas águas.

Ele já andou com homens perigosos.
Já quebrou quase todos os ossos.
Já viu cavalos mágicos.
Já sobreviveu a acidentes trágicos.

Já dançou carnavais, já dançou salsa.
Em sua formatura dançou tango, mas não dançou valsa.

Ele já viu de tudo. Tem as maiores e impressionantes histórias pra contar.
Mas estão dentro dele. Pra nunca mais voltar.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ensaio sobre Pedro.


Seu nome é Pedro. Ele era um bêbado.
Eu, pessoalmente, não consigo imaginar até hoje como terá sido sua infância. Parece ter sido criado no momento em que eu o conheci. Parece ser uma ilusão da socidade.
Suas palavras são ágeis, seus pensamentos fluídos e ele gosta de trabalhar. E como gosta de trabalhar. Ele corre para lá, corre para cá. Monta uma cortina, troca uma lâmpada, escreve versos e poemas. E no final, percebe o sistema natural das coisas, e desmonta, destroca, reescreve... E segue assim.
Ele tem melhores amigos. Não muitos, tem dois. Um menino, uma menina. E se apaixonam quando, nas noites escuras, se reúnem em alguma praça qualquer para tocar e cantar. O menino toca, a menina canta. E o bêbado sorri, respirando.
Toda vez me questiono sobre os planos de Deus (ou qualquer outra força maior) para Pedro. Sinceramente, é impossível que seu talento oratório e sua exímia felicidade seja obra do acaso.
Tento entendê-lo, mas não é tão simples. Entendê-lo se tornou uma arte na qual temos que, a todo momento, lapidar. Ele muda de ideia com a mesma rapidez que troca lâmpadas.
Ele se irrita com facilidade. Ele gosta de abraçar.
Eu também imagino o seu fim. Por vezes, eu imagino o seu fim. Ele é tão louco, tão trabalhador, tão sorridente, tão rápido... Que não posso imaginar que tipo de morte ele terá. Mas todos sentirão falta dele.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Dois anos de novidades.

Há aproximadamente dois anos atrás, escrevi minha última postagem nesse blog. Hoje resolvi voltar, limpar a casa, passar um bom ar e, pelo menos, tentar passar um tempo por aqui.

- O Nome do Blog.
Eu dei uma boa olhada no nome do blog. Aliás, me demorei um bom tempo pensando no nome do blog, pra ver se ele realmente fazia sentido pra mim. Quando o criei, decidi por este nome pois era uma frase que muito me fazia sentido. Me fazia sentido Estar Sorrindo por aí, feito um bobão. Mas ainda faz sentido? Neste momento, faz. Acabo de voltar de uma viagem pra Itararé. Meu tio fez aniversário de 90 anos, vi minha familia, passamos bons momentos juntos. Eu e o Bruno perdemos um cachorro. Ou melhor, dois cachorros. Mas encontramos um. "Cachorro Perdido Um" mais "Cachorro Perdido Dois" menos "Cachorro Perdido Três" é igual ao que?
Também estou sorrindo porque estou tendo oportunidades que eu sempre sonhei em ter. Aliás, eu passei num concurso público! Eu também estou mais envolvido com o teatro. Mais do que eu sempre estive, talvez.  E a Primavera está bem presente na minha vida. Estou Sorrindo.

- O Layout do Blog.
Olhei o Layout do meu blog e observei alguns itens em especial. A Amelie Poulain, os Beatles, o Bruno, o Give Haiti a Chance, os violões. Pensei demoradamente se algum não me fazia sentido mais. No entanto, acredito que alguns façam até mais sentido hoje em dia. No fundo, se você reparar bem, no canto superior direito, existe uma foto da Mayra dançando com o Bruno. Uma foto que tirei durante um ensaio do Primavera. Eu gosto daquele movimento. Preciso aprender a executá-lo.
Gosto de cada item.

- Os posts do Blog.
Confesso, os posts não me faziam mais sentido. Por isso, os apaguei. Deixei três pra trás. Três que, quando leio, ainda dão um frio na barriga. Que me fazem lembrar dos sentimentos, dos pensamentos e dos cheiros. Recentemente, descobri que sou bem sensitivo na questão do olfato. Consigo me lembrar de cheiros melhor do que lembro de qualquer outro sentido. Escreverei um post sobre isso.

O caso, é que estou voltando.
Eu tinha planejado escrever sobre as novidades destes dois anos sem escrever, mas o post não se desenrolou como eu gostaria. Um autor, que prefiro não citar o nome, disse que existem dois tipos de escritores: Os Arquitetos e os Jardineiros. Os Arquitetos planejam cada centímetro do texto, planejam cada prego na tábua e depois executam. Os Jardineiros, abrem o buraco, plantam e, com o sangue, descobrem o resultado. Escrevem o texto, e depois vêm como ficou. Este autor, também disse que nunca viu um Arquiteto Puro ou um Jardineiro Puro. Por isso, não acreditem que só improvisei esse texto. Talvez, parte dele, tenha sido do Renan Arquiteto.

Parei. Até a próxima.