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terça-feira, 7 de agosto de 2012

A Cidade.

Eu sempre parei pra me olhar. E quando me olho, percebo-me imaturo.
Até quando olho-te, percebo-me imaturo. Talvez seja um auto-boicote. Talvez eu tenha me preocupado demais com a modéstia nos últimos anos que eu nem percebi o quanto essa modéstia, em demasia, me tornou medíocre, a ponto de não perceber as minhas maiores qualidades.
E lá eu vejo. A morada. A grande cidade. Aquela cidade bárbara e cheia de detalhes tão delicados. Sinto-me tentado em me aproximar de suas fronteiras, porém aprendi a ser cauteloso. Não sei se aprendi ou fui obrigado a aprender. Mas sou cauteloso. Sinto que, ao me aproximar desta cidade, eu possa me tornar mais transparente. E que minhas fraquezas e imaturidades sejam ressaltadas. Então, paro defronte a estrada à cidade cheia de detalhes tão delicados, e sorrio, tentando sem sucesso maximizar minha maturidade em assuntos paralelos. Porque é isso que fazemos quando não conhecemos bastante sobre um assunto. Nós mudamos de assunto.

Talvez minha maior imaturidade seja não perceber que o que faz uma pessoa madura é alguém aceitar a condição de imatura.

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