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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Canções do Meu Violão


Sempre escrevi rimas previsíveis. Eu rimo Amor com Dor. Rimo Paixão com Tesão. Rimo Rir com Sorrir. E geralmente, minhas canções, também tinham os mesmos acordes.
Hoje, sei tocar violão e alguns outros instrumentos, graças a duas tentativas de meu pai. A primeira tentativa de aprender, frustrada. Eu não tinha paciência para aprender, não tinha força pra apertar as cordas. A segunda tentativa, sucesso. Principalmente, pela malandragem de meu pai, em me ensinar os acordes mais fáceis. Dó, Ré, Sol, Mi, La. E com estes acordes, eu fui capaz de tocar minha primeira música: “Vamos Construir”, de Sandy e Júnior.
Aí, sim... Eu estava quase aprendendo. Procurava em todos os lugares músicas que contivessem esses acordes fáceis, mas vez ou outra, dava de cara com uma nota como Fá, Si... Os acordes com pestana. Eu fugia destes acordes mais difíceis.
Minha noção de melodia era uma droga. Para mim, bastava apenas uma palhetada em cada nota. E cada vez mais, minhas músicas pareciam hits de uma palhetada só.
Mas num determinado momento, parei, e me dediquei a aprender as pestanas. Eu precisava aprender a dominar essas notas difíceis. E aprendi!

Confesso que até hoje algumas cordas escapam dos meus dedos durante as pestanas. Mas sempre que estas cordas escapam, outra melodia se faz. Eu gosto quando uma corda escapa de meus dedos, porque, depois, o som me parece um pouquinho mais agradável. E porque, principalmente, me faz conhecer um novo som. Uma nova vibração.

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